Quem assistiu à entrevista da prefeita Micarla de Sousa, ontem, traduziu a resposta dela ao vice-presidente do TRT, desembargador José Rego Júnior.
Tentando conciliar a crise entre empresários de ônibus e os rodoviários em greve, o desembargador, que havia considerado a greve abusiva ao ponto de bloquear as contas do sindicato da categoria e confiscar 25 mil como pagamento de multa por desobediência à justiça do trabalho…mudou de ideia e disse que iria tentar convencer à prefeita de Natal a autorizar reajuste nos preços das passagens de ônibus.
E ao saber que a prefeita continuava irredutível sem querer aumentar os preços, o desembargador chegou a dizer que Micarla estava querendo “tocar fogo” em Natal.
Em entrevista ontem, muito elegantemente, Micarla disse que ” a Justiça não pode repassar para a toda a população um aumento que beneficia uma só categoria”…
E em resposta ao “tocar fogo”, disse que nem ela, nem sua família, eram conhecidos em Natal pelo hábito de colocar fogo em nada.
“Isso faz parte da história de outros personagens e de outras famílias políticas no Rio Grande do Norte”.
A prefeita fez alusão ao deputado Agnelo Alves, pai do prefeitável Carlos Eduardo Alves, que ganhou apelidado de Nero, por ter sido acusado, quando prefeito de Natal, na década de 70, de ter “tocado fogo” no Mercado Público da capital, instalado onde hoje é o Banco do Brasil da avenida Rio Branco.
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